Não foi consensual a minha posição acerca do uso dos linhos, algodões e fibras de polyester.
Especialmente na comunidade feminina, mais vulnerável à exposição física. Penso ser necessário clarificar alguns dos pontos de vista, para tentar que pelo menos a consciencialização da necessidade prática da mudança de mentalidades, faça ricochete na caixa craniana dos que intelectualmente me apedrejam.
Não me quis alongar demasiado na anterior exposição, para não desvirtuar com detalhes técnicos menores, todo o conceito subjacente ao uso do fato integral. Primeiro erro grosseiro... Para as mulheres, a coloração ou padronização, nunca é um detalhe menor. Arrisco-me a dizer mesmo que é O detalhe... (Ok... vou parar com o ataque à classe... mas que me estava a divertir... o sorriso estampado na minha face não o consegue negar!)
Muito bem... a ideia é utilizar materiais que possuam a capacidade de reflectir todo o espectro cromático, capazes de reter e utilizar informação e um sistema central que coordene todo o processo. Nano-escalas... pois claro!
Tanta tecnologia para agradar... e com a certeza de não mais subestimar o factor decorativo, mas também ocultativo ou simulativo das vestes.
Traduzindo então a tecnologia por miúdos... imaginemos que caminho, numa noite de lua nova, na berma de uma estrada... que jeitaço me dá uma coloração laranja fluorescente. Já para os ornitólogos, que bom ter uma camuflagem específica para cada terreno, de modo a não amedontrar os objectos de estudo. Ou ainda, ao sabor da imaginação infantil, poder ser o Super-Homem, o Batman ou o Homem-Aranha (que, como todos sabem, é primo do Homem-Salsicha!). Por último, para quem gosta de se exprimir pela coloração ou padronização do que veste, imaginem as possibilidades virtualmente infinitas de todos poderem ser os seus próprios estilistas, e de se tornarem criadores, ao invés de escravos da moda... tudo ao alcance de uma ferramenta informática que possibilitasse a transferência de informação de e para o fato.
Agora, o lado verde! E não, não é um versão personalizada para o Sr. Paulo Bento. Refiro-me à vantagem ecológica do equilíbrio térmico corporal poder ser mantido sem o recurso a sistemas de aquecimento ou de refrigeração do ambiente, com todas as vantagens ecológicas que isso acarreta (diminuição das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, poupança energética e preservação dos recursos não renováveis do nosso planeta). Concordam que seria um desperdício tentar aumentar a temperatura da água de um rio, para que o nível de conforto corporal de quem desejasse observar a fauna e flora subaquática pudesse ser mantido em valores aceitáveis, e não se corresse o risco de entrada em hipotermia. Foi muito mais simples inventar um fato de mergulho, actuando directamente no indivíduo, sem ser necessário alterar todo o meio envolvente. Parece lógico, não é?
Então, porque não fazer o mesmo com o ambiente gasoso, se faz tanto sentido fazê-lo com o líquido?
Fazendo mais ou menos sentido tudo o que acabei de dizer... não esqueçam nunca que foi sempre o raciocínio, o principal motor de desenvolvimento humano. Se todos nascermos, crescermos e morrermos sem questionar qualquer dos valores instituídos para cada época, a geração seguinte será rigorosamente igual à anterior, e entraremos numa perigosa espiral de estagnação. É fácil deixar para os "cientistas" a responsabilidade de abrir as portas da evolução. Nesse caso, como qualificar os restantes?...
Resignados, respondo eu!!
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Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
Albert Einstein
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Três dias para o nosso menino fazer cinco anos... quase um Homem!
Um beijo,
Afonso Gaiolas
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